Resenha do disco Olitizack na Headbangers News

 



A resenha  feita por Marcos Gonçalves foi destaque na Headbangers News e carrega uma visão bem detalha da obra Olitizack. Confira:

NOTA 9.0

Formada no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, o Steelgods apresenta Heavy Metal puro com influências do Power e Thrash Metal. “Olitizack”, seu álbum de estreia é conceitual, onde o “Sonhador” conta uma história sobre um futuro distópico onde a religião tomou conta do poder executivo, legislativo e judiciário. Tudo representado em composições riquíssimas de puro Heavy Metal. Vamos conferir o trabalho!

The March” abre o álbum com soldados marchando nos encaminhando para a guerra e logo chega “The Dream”, onde é contada a origem do tema principal do álbum. Pesada, vai crescendo até ganhar um tom de Power Metal, com a voz aguda do vocalista Nelson Bonito conduzindo muito bem a faixa, que conta com um ótimo refrão. “In The Abyss” tem um tom mais sombrio, com as duas guitarras casando o riff principal com maestria. Algumas mudanças de andamento a fazem ter um pé no Metal Progressivo. Prepare-se ainda para um solo magnífico de guitarra.

Agora vamos para “Mandragora”, mais agressiva, aplica alguns efeitos na voz de Nelson. Uma harmonia do teclado embeleza a faixa. Ainda tem o solo mais uma vez incrível. Um piano introduz “Farewell Song”, uma belíssima balada com um tom melancólico. Um violão conduz a faixa rica em detalhes, com harmonias de vozes muito bem encaixadas, um teclado que também mantém o tom mais dramático. Ótima música.“ Glove Of God” é uma passagem para outra bela composição, “Ballet Of The Blinds” conta com orquestrações que harmonizam os versos, antes de o refrão chegar com grandeza. A ponte muda o andamento para um tom mais melódico e sombrio encerrando com um clima ótimo. 

Five Springs” tem violões conduzindo o início, que logo ganha um peso épico e riffs muito bem construídos. Mantém um tom dramático com corais de fundo e um refrão pegajoso. Outro solo de guitarra incrível aparece, o melhor do álbum sem dúvidas. A ponte ganha velocidade com um riff matador e a bateria destruindo tudo, no bom sentido, é claro. “Mad Words” é outra passagem que introduz “The Thief”, uma composição dramática que se inicia conduzida pelo piano e um violino de fundo, lindíssima. Ela mantem um tom agradável, com guitarras tímidas em sua maior parte. Seu refrão é muito bom e conta com ótimos vocais de apoio. Ao seu final, um bom solo de guitarra encerra a faixa nos encaminhando para o final. 

A encarregada de fechar o álbum é “Suicide Salvation”. Épica, com orquestrações lindas e com um clima de vitória. Tem o andamento cadenciado e vai crescendo em sua execução, um solo com muito feeling é apresentado e a voz de Nelson conduz com perfeição a proposta cantando com o coração.

Toda a história de “Olitizack” foi escrita pelo baixista da banda, Fabrício Castilho, e é contada de forma magnífica. Ainda conta com um livro do mesmo nome que ajuda a entender todo o conceito.

A produção é fantástica e deixa tudo muito claro na audição, com volumes dos instrumentos e voz nivelados, fazendo tudo soar bastante agradável. Performances matadoras de todos os membros, muito profissionais que sabem o que fazer com seus instrumentos. Você encontra epicidade, drama, tensão e satisfação em forma de música, algo que poucas bandas conseguem transmitir. Altamente recomendado não só para quem gosta de uma boa audição, mas principalmente para aqueles que sentem a música.



Comentários

Postagens mais visitadas